Fragmento de um friso em pedra calcária com decoração em rosácea algo esbatida pela deterioração da gravura. A peça está depositada no Museu Alberto Sampaio, com o número de inventário MAS L79, sendo que no inventário on-line do museu não é indicada a proveniência da peça. Fernando Almeida (1962, 225, fig. 276) refere dois frisos no Museu Alberto Sampaio que indica serem provenientes da igreja de Sta. Marinha de Arosa, e cuja ilustração demonstra tratar-se desta mesma peça.

O friso tem 27,5 cm de comprimento, 14 cm de altura e 16 cm de largura; a nível decorativo verificam-se dois círculos, um com um heliciforme no seu interior e o outro com motivos geométricos. A cronologia apontada para este friso baliza-se entre os séculos VII e XII. 

Apesar de esta peça se encontrar um pouco deteriorada, constata-se que os motivos decorativos são idênticos a um outro friso que se encontra depositado no Museu Alberto Sampaio (número de inventário MAS L13 e PT0308650001E_AR) com indicação de proveniência de S. Torcato. Fernando de Almeida (1962, 225, fig. 276) coloca este segundo fragmento como originário da igreja de Arosa.

A semelhança do talhe e da gramática decorativa destas duas peças sugere que terão tido a mesma origem, e pertencido à mesma estrutura - ficando a dúvida se da igreja de Santa Marinha de Arosa ou se do antigo Mosteiro de S. Torcato; de momento, mantemos a informação de proveniência de Fernando de Almeida.