O castro de S. Bartolomeu é um povoado fortificado que se localiza no monte homónimo de S. Bartolomeu. Em virtude da sua localização, a ele confluem os limites de três freguesias do concelho vimaranense: S. Clemente de Sande, Leitões e Figueiredo.

S. Bartolomeu encontra-se implantado na vertente su-sudeste da Serra da Morreira, sendo que a sua altitude lhe confere um excelente domínio visual para a envolvente, particularmente no quadrante este-sul e de nordeste até este. As condições defensivas naturais são boas, em particular na vertente voltada ao vale de Sande, visto aí a vertente ser bastante íngreme.

O castro de S. Bartolomeu apresenta uma planta bastante irregular, que aproveita a topografia do terreno, verificando-se uma forma, mais ou menos, triangular-retangular. Trata-se de um povoado que aparenta ter sido de grandes dimensões, e com diversos recintos definidos por plataformas, alguns dos quais já se encontram mal definidos em virtude da erosão. O povoado possuiria, pelo menos, duas linhas de muralhas (Dinis, 1993, 82), das quais são ainda visíveis vestígios do lado noroeste. Do lado norte, na ligação do esporão existe um fosso que reforçaria o sistema de defesa nesta zona. Ainda neste lado norte, nota-se a um talude que teria como função a proteção da entrada do povoado, uma vez que obrigava a quem entrasse no castro a ter de passar por uma espécie de corredor bastante estreito, ficando, assim, numa posição mais vulnerável.  Nos dois lados da porta existe um pequeno recinto, adossado à muralha e com um talude pronunciado, que poderemos interpretar como reminiscência de torreão.

Encontram-se à superfície alguns fragmentos de cerâmica indígena micácea, alguns fragmentos de escória de ferro e fragmentos de telha caleira, estes mais abundantes no local onde existiu a capela de S. Bartolomeu, hoje já desaparecida, que assentava num grande afloramento rochoso a nordeste, e estava voltada ao vale de Sande.

Já nos finais do século XIX, Francisco Martins Sarmento visitou o castro de S. Bartolomeu, numa das suas muitas deambulações pelo território vimaranense. Segundo este autor, era ainda possível ver as linhas de muralha, embora já se encontrassem quase sem nenhuma pedra, assim como alguns fragmentos de cerâmica atribuível à cultura castreja.