A alminha localiza-se na Rua de Nossa Senhora de Fátima. É composta por um nicho de arco abatido em granito, rematado com uma cornija curva de gosto clássico. Na base do nicho encontra-se a inscrição «O ANNO DE 1830». Tem à sua esquerda uma pedra com uma inscrição “IRMÃOS MEUS LEMBRAI VOS DE NOS QUE NOS PEDIREMOS A DEOS POR UÓS. ESTAS EASMOLAS SERAM PARA MISAS PELOS BEMFEITORESES QUEM MANDOU FAZER ESTE IDEFIZIO FOI JOZE RIBEIRO DE SANTA EULÁLIA”.

No seu interior conserva-se um painel azulejar colorido com a imagem de Cristo Crucificado ao centro. A zona inferior da composição é composta pelas almas no fogo do Purgatório, auxiliadas por dois anjos. Esta representação é de cronologia recente. O nicho é fechado por uma grade de ferro. No seu interior são habitualmente colocadas velas, em sinal de devoção. 

A construção de Alminhas relaciona-se, intimamente, com o culto às Almas do Purgatório. Estas estruturas são registos materiais da religiosidade popular. Para além da componente devocional, estas construções têm como função demarcar e sacralizar o território, protegendo os caminhos e as populações. Podem ser erguidas no cimo de penedos, encruzilhadas, caminhos e locais inóspitos.