As gravuras rupestres da Quinta do Paço situam-se na vertente nascente do Monte de S. Romão, entre os 250m e os 300m de cota altimétrica, próximas de uma linha de água e voltadas à propriedade senhorial que lhes conferiu a designação.  Situam-se a cerca de 100m das gravuras do Penedo dos Sinais, e foram descobertas em 2006 no decurso de trabalho de campo realizado por equipe da Universidade do Minho.

As gravuras encontram-se num suporte granítico composto por um afloramento aplanado e bastante fraturado por linhas de clivagem da rocha, e cujas esquinas se apresentam bastante boleadas pela erosão. Esta segmentação cria cinco espaços nos quais se organizam as representações, e, portanto, se designam por painéis.

-Painel 1: tem 2,50m por 1,68m de superfície, com diagonal de 3m. Nele está representado um conjunto de nove conjuntos de círculos concêntricos com covinha central e anéis que variam entre os três e os quatro, os quais se encontram associado por caneluras, quer retilíneas quer meandriformes, que os estruturam entre si.

-Painel 2: tem 1,67m por 1,60m de superfície, com diagonal de 2,15m. No seu espaço organiza-se um conjunto de sete gravuras nas quais dominam os círculos concêntricos, com uma variação de anéis entre os dois e os cinco, mas existem igualmente um labirintiforme e um meandriforme associados a covinhas, as quais também ocorrem em separado.

-Painel 3: tem 2,61m por 2,50m de superfície, com diagonal de 2,78m. Nele se distribuem cinco círculos concêntricos com um número de anéis que varia entre os dois e os cinco.

-Painel 4: tem 1,60m por 2m de superfície, com diagonal de 2,72m. Neste painel existe apenas um círculo concêntrico com três anéis, e no seu exterior três fossettes com dimensões acima do normal.

-Painel 5: tem 1,80m por 2,32m de superfície, com diagonal de 2,45m. Possui apenas representação de três fossettes com dimensões semelhantes às do painel 4.