No Museu Pio XII, em Braga, encontra-se depositado um fragmento de tampa de sepultura epigrafada, proveniente do adro da igreja de Santa Leocádia de Briteiros. A peça tem o número de inventário MPXII.LIT.570, e trata-se de um silhar granítico de grão médio, com as seguintes dimensões: 57cm de comprimento, 38cm de altura e 17.5cm de espessura. Constata-se que a peça foi reutilizada, uma vez que, no lado contrário à epigrafe, apresenta um rasgo, com cerca de 5cm de comprimento e 3.5cm de profundidade.

Trata-se de uma tampa decorada com uma cruz pátea rebaixada, da qual arranca texto epigrafado que se encontra truncado pela fragmentação da peça (Barroca, 2000, Vol. III, pág. 40). A epígrafe apresenta a seguinte leitura: + NAD [---] / ER(a) TXX [---].

Numa primeira fase a epígrafe foi atribuída à época suevo-visigótica (século V ou VI), quer pelo Padre Avelino Costa (1981), quer por Mário Barroca (1987), em virtude de ambos os autores terem lido Era DXX, devido ao mau estado da peça. Posteriormente, este último (Barroca, 2000, Vol. III, pág.40) reviu a leitura da peça, propondo tratar-se uma inscrição de cariz funerário, e balizando-a entre os anos de 982 a 1001 (ER(a) TXX).