A cerca de quarenta e cinco metros da entrada do Paço de S. Cipriano encontra-se um afloramento granítico no qual foi escavada uma sepultura, a qual é conhecida localmente como Campa do Mouro.

A sepultura tem formato antropomórfico, orientada a noroeste-sudeste, estando bem delineado os contornos de ombros e cabeça.  No plano do interior existe uma pequena depressão com cerca de 5 cm de profundidade, situada na parte média do seu comprimento, e mais abaixo notam-se duas depressões alongadas que, segundo Martins Sarmento seriam “cavidade para os calcanhares; dois rebaixes ao longo, para a barriga das pernas” (Sarmento, 1999). O interior da sepultura tem 1,87 metros de comprimento, sendo que a largura no ponto correspondente aos ombros é de cerca de 40 cm. Tendo como referência o bordo lateral da sepultura, temos que na zona dos membros inferiores a sepultura é mais profunda, cerca de 33 cm, do que na zona do tronco, dos membros superiores e da cabeça, onde tem cerca de 7,60 cm. De acordo com a informação transmitida por Francisco Martins Sarmento, não foi encontrado qualquer artefacto ou fragmentos cerâmicos junto a esta sepultura. A primitiva capela desta casa senhorial não estaria no local onde hoje a vemos, mas muito provavelmente na proximidade desta sepultura, fazendo sentido a referência ao achado frequente de ossadas humanas trazidas à superfície durante os trabalhos agrícolas nos campos circundantes.