Este edifício localiza-se no centro da freguesia de Ronfe e foi construído durante o período do Estado Novo, entre 1940 e 1960. É um dos muitos exemplos existentes em Portugal, construído no âmbito do Plano dos Centenários, com o objetivo de garantir o acesso à educação de todas as crianças e combater o analfabetismo. Este programa foi implementado pela Direção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais, da responsabilidade do Ministério das Obras Públicas.

Em termos arquitetónicos, este tipo de construção obedecia a um projeto tipo, com uma tipologia de base que seria, quando necessário, ajustada ao local a implantar, número de alunos e região do país. Os projetos da zona norte do país eram habitualmente da responsabilidade do Arquiteto portuense Rogério de Azevedo, obedecendo normalmente a construção de duas ou quatro salas por escola, com base na Lei nº 1.969 de 20 de maio de 1938, que obrigava a separação dos alunos por sexo.

O edifício originalmente é do tipo Granito Minho com duas salas gémeas no rés-do-chão, dos tipos de escola do Plano dos Centenários. Desenvolveu-se em planta retangular e volumetricamente em massa horizontal, com cobertura de quatro águas que telham as amplas salas de aula. As fachadas são rebocadas e pintadas de branco, de soleiras e padieiras de granito. O alçado principal virado a nascente possui dez vãos de janelas e duas entradas em arco de granito de aduelas bem expressivas com chave central nas extremidades do alçado, uma para cada género. As fachadas laterais, de acabamentos semelhantes, dispõem de três pequenos vãos para iluminação da entrada principal de cada ala.