Francisco Martins Sarmento prestou alguma atenção ao monte de Santa Eulália, freguesia de Fermentões, no qual lhe pareceu ver indícios de um castro. Presumimos, naturalmente que se referia aos pontos mais elevados deste amplo relevo, até porque em outros momentos nos refere achados situados no final das suas encostas.

Este local encontra-se bastante adulterado em relação ao período em que Martins Sarmento o visitou, mormente devido à rede de caminhos que o cruzam, os diversos muros divisórios de propriedade, instalação de antenas retransmissoras, e acima de tudo a actividade florestal com plantio mecânico e ripagem. Em alguns espaços existem profusos batólitos graníticos que denotam ter sido utilizados como pedreiras ao longo dos tempos.

Ao longo das últimas décadas, e por diversos momentos, foram realizadas observações nos espaços mais diagnósticos do monte, beneficiando em muitos dos locais de boas visibilidades do solo conferidas pelas ripagens mecânicas e pelos múltiplos cortes dos caminhos. Até ao momento, não foram detectados materiais consentâneos com evidência de ocupação em

época castreja ou galaico-romana. Tampouco os escrutínios rigorosos das encostas próximas dos cumes revelaram quaisquer indícios topográficos de estruturas defensivas.

No âmbito deste inventário foram realizadas prospeções em algumas das encostas e cabeços deste maciço, nomeadamente nos que ficam a oeste da Quinta da Covilhã e da nova via de ligação de Silvares a Fermentões. Já na outra encosta, também se verifica o revolvimento dos solos para plantio recente de eucaliptos, bem como estruturas (poço) de apoio a trabalhos agrícolas – possivelmente associados à Quinta de Sanjães. Tal como na outra encosta, não se verificam quaisquer vestígios de estruturas antigas.

No entanto, mantemos as informações dos autores anteriores.