No museu Pio XII, em Braga, encontra-se depositada uma ara, com o número de inventário MPXII.LIT.119, cujo registo de proveniência refere ser das imediações da igreja de Ronfe.

As mais recentes publicações sobre esta ara (Fontes et al. 2009, e Redentor 2017) apresentam duas leituras distintas: na primeira, os autores identificam como epigrafe [I(ovi)]? O(ptimo) M[AX?(imo)] / SACR[VM?...] -, podendo ser interpretado como: Consagrado a Júpiter Ótimo Máximo; enquanto na segunda, o autor faz a seguinte leitura:  Sac(rum?) Ex uo(to) I(oui) O(ptimo) M(aximo) Onn[a]? S(erua?) a(nimo) s(oluit) – podendo ser interpretado como: Consagrado a Júpiter Ótimo Máximo, Onna Serua cumpriu o voto de livre vontade.

Segundo a descrição de Armando Redentor (2017, 77), estamos perante uma ara granítica, com as seguintes dimensões: [36] cm de altura, 34 cm de largura e 29 cm de espessura. A ara encontra-se bastante danificada e incompleta, estando partida na parte superior do fuste. Constata-se que o capitel sofreu algumas mutilações, nomeadamente o seu topo, que foi regularizado posteriormente, destruindo o provável foculus. A moldura é composta por “dois filetes diretos antes do fuste, debaixo de uma dupla faixa lisa alternado por uma ranhura” (Redentor, 2017). O campo epigráfico encontra-se nas faces laterais e frontal, estando incompleta devido à fratura do fuste.