Ponte de provável origem romana, ajuizando pelo seu posicionamento coincidente com o troço da via romana Amarante-Guimarães, e pela existência de alguns silhares almofadados, do seu lado montante, que pautam as evidências existentes desta fase construtiva. A ponte possui dois arcos em volta perfeita, e perfil em cavalete de pendor ligeiro.

O arco maior situa-se na margem direita, possui cerca de 35 aduelas, pelo menos as que são visíveis, devido ao assoreamento e o nível das águas. O arco da margem esquerda é de menor dimensão, possuindo cerca de 19 aduelas e é de volta perfeita, podendo ser um acrescento de período medieval. Do lado montante existe um talha-mar triangular adossado ao pilar que divide os dois arcos. Tanto os arcos como os tímpanos possuem aparelho isódomo e pseudo-isódomo, notando-se algumas irregularidades possivelmente decorrentes de restauros.

O tabuleiro é longo, com cerca de 32 metros de comprimento e 3 metros de largura.  Está pavimentado com grandes lajes irregulares, mas com tendência ortogonal alongada, e estão dispostos perpendicularmente em relação ao eixo da ponte. Este pavimento assenta diretamente sobre os arcos.

As guardas estão dispostas irregularmente e são compostas por silhares graníticos de bom talhe. Adossada à guarda encontra-se ereto um marco do "Couto do Real Mosteiro de Pombeiro", datado de 1724.

A ponte encontra-se no limite entre os concelhos de Guimarães e Felgueiras, e está inserida na Zona Especial de Proteção do Mosteiro de Pombeiro.