Perto da Igreja de S. João de Brito foi encontrada, em 1935, uma epígrafe romana, posteriormente oferecia por Alberto Ribeiro de Faria ao Museu da Sociedade Martins Sarmento, onde se encontra depositada. 

A epígrafe tem como suporte uma ara em granito, com as dimensões [49]cm de altura, 27cm de largura e 27cm de profundidade. A peça é afeiçoada a pico nos quatros lados, mas está bastante danificada na base e no capitel com profundas lascagens, sendo também patente a erosão que sofreu ao longo dos tempos. O capitel sofreu grandes alterações, nomeadamente a sua parte superior, em virtude de um entalhe que lhe poderá ter obliterado o foculus, do qual não existem traços. No cimácio ainda se conseguem ver ténues vestígios do puluillus, estando sob este uma moldura muito desgastada, a qual poderia ter sido organizada com "dois cordões intercalados por escócia directa e filete directo na ligação do fuste" (Redentor, 2017). Na base existe um cordão entre ranhuras e um filete reverso. O texto da epígrafe encontra-se na face frontal do fuste, cuja superfície está bastante erodida, especialmente junto do capitel e das arestas da peça.  A leitura da epígrafe foi efetuada por vários autores, cujas propostas divergem em substância, razão pela qual se apresenta a mais recente (Redentor 2017, 646), que toma em linha de conta as anteriores: [L]ari? Do(mino?) Aniciu[s] Mate[r]nus ex uo[t]o posui[t], podendo ser interpretado como: Consagrado aos deuses lares, Anicius Maternus cumpriu o voto.