Na sacristia da Igreja Velha de Corvite encontra-se uma ara em granito, com inscrição numa das suas faces, onde é possível ler, segundo interpretação de Armando Redentor (Redentor, 2017): IOVI OPTI/M(o) ARA(m)/DIDICAV/IT L(ibens) PRI/MIA LO/VNEN/SIS «AN»VI/F(ilia) MAIA, podendo ser interpretado como A Júpiter Óptimo Máximo, dedicada (esta) ara por Maia, filha de Prima Anui.

Esta peça apresenta as seguintes dimensões: [68]cm de altura, 35cm de largura e 36cm de espessura. A face correspondente ao campo epigráfico encontra-se pintada de preto, sendo que os caracteres estão pintados de branco.

A ara tem uma forma quadrangular e encontra-se aparelhada nas quatro faces, estando o topo bastante danificado. A moldura do capitel, debaixo de uma faixa lisa, parece estar incompleta, corresponde à cornija e incide em três molduras diretas ligadas ao fuste. Na base existem mais três molduras reversas.

A ara tem diversas fraturas, sendo duas mais relevantes: uma está presente na cornija da face frontal, em quase toda a sua extensão, e a outra na face traseira, cortando, de forma parcial, a base mesmo abaixo das molduras. De salientar, ainda, uma depressão quadrangular, na parte central da face inferior, que poderia ter servido para o encaixe de algum objeto - podendo, desta forma, a ara ter sido reutilizada.