O Monte de Santiago situa-se na extrema das freguesias de Pencelo e de Santo Tirso de Prazins, tendo o rio Ave a oeste do seu ponto mais alto, que ascende aos 380 metros. Em toda a sua extensão o terreno está pontilhado por batólitos graníticos de diferentes dimensões, sendo mais frequentes nas zonas mais altas e encostas entregues a bosque. Apresenta uma vegetação bastante densa, com poucas zonas de clareira, sendo a vegetação rasteira composta, maioritariamente, por tojo, giestas e fetos, enquanto a arbórea é quase inteiramente eucaliptos, e alguns carvalhos a permeio.

Francisco Martins Sarmento visitou este local, e são dele as indicações sobre a existência de diversos fragmentos cerâmicos, nomeadamente de telha, e alguns fragmentos que este autor considerou serem mais antigos, sendo semelhantes à cerâmica da Citânia de Briteiros e do Castro de Sabroso. No que concerne a estruturas pétreas Sarmento afirma que ali teriam existido baseado na informação que recebeu de “um homem das Taypas, que, sem provocação minha, me contou como tinham sido varridos os restos de alicerces de casas e de muralhas, out'ora existentes na cumiada da serra (...)." (Sarmento, 1898).

Na visita ao local no âmbito deste inventário foram recolhidos diversos fragmentos cerâmicos, nomeadamente num dos caminhos de acesso ao topo do Monte de Santiago – claramente desgastado pela passagem de veículo motorizados e/ou bicicletas -, bem como numa pequena plataforma aplanada no alto do cabeço, com cerca de 30 por 15 metros e muito próximo do marco geodésico. Ainda nesta plataforma se notam vestígios de muros, que poderiam rodear este pequeno recinto. Para o lado do marco geodésico ainda se encontram alguns fragmentos cerâmicos, se bem que em menor abundância. Numa primeira análise, estes fragmentos cerâmicos aparentam pertencer à antiguidade tardia/período suevo-visigótico, não tendo sido encontrados quaisquer outros mais antigos. Foi, também, feita uma prospeção numa zona mais de encosta deste monte, já após da estrada municipal que o atravessa, onde foi encontrado um fragmento de uma mó manual.

Este local encontra-se inventariado no PDM (Plano Director Municipal) de 1994 de Guimarães e na Carta Arqueológica do município de Guimarães referido como castro romanizado, muito no seguimento das descrições de Francisco Martins Sarmento.

Na Carta Geológica de Portugal existe a indicação da existência de pelo menos quatro mamoas nesta zona, mas devido à densa vegetação rasteira e arbustiva, não nos foi possível a sua localização.