Francisco Martins Sarmento faz referência à existência de diversos fragmentos de telha romana no lugar de Veigas, chegando a considerar a existência de algum tipo de povoado galaico-romano nesta zona – “ (…) no lugar das Veigas os fragmentos são em tal abundância, que fazem suspeitar da existência duma povoação romanizada, de que hoje só restam aqueles sinais." (Sarmento, 2004) ”. Atualmente, neste local encontra-se implantado o Centro Equestre de Guimarães, cuja construção Francisco Faure, autor da Carta Arqueológica de Guimarães, pressupõe possa ter sido responsável pela destruição total ou parcial dos vestígios arqueológicos. Aliás, este autor refere que “no lado Este do Picadeiro sul, encontram-se bastantes vestígios de cerâmica comum e tijolos tipicamente romanos” (Faure, 2011) por ocasião do trabalho de campo para a Carta Arqueológica.

O lugar de Veigas situa-se na vertente leste do conjunto orográfico da serra da Penha, a qual desce suavemente para o vale. O local no qual foi assinalada a maior concentração de vestígios cerâmicos é atualmente ocupado por uma pequena mata de eucaliptos, pinheiros e carvalhos, bem como uma construção agrícola abandonada, e um antigo caminho completamente intransitável devido à vegetação e ao corte com o talude de sustentação de parte do picadeiro. Contudo, estes espaços configuram-se como amplas parcelas em socalco, com claros indícios de terem sido agricultadas.

Em visita ao local foi realizada uma prospeção, que apresentava boa visibilidade em alguns cortes no terreno, nomeadamente do talude de sustentação do picadeiro; mas não foram detetados quaisquer materiais cerâmicas ou indícios de estruturas de ocupação.

No entanto, e devido às descições dos autpres anteriores, mantemos o local sob forte suspeita.